sexta-feira, 28 de maio de 2010

Inferno

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Eu tentando preencher aquele quadro
Branco,
Torneado,
Completo em si,
Mas a cabeça ficou tão concentrada na úlcera
E a úlcera tão concentrada no coração,
Que eu
Não consegui. Nem tentei mais.

Aquele quadro,
Branco,
De fato já estava pronto e completo, mas parece que,
Sempre,
Dá pra se ocupar dele
Mais um poquinho.

O râncor de algo que já foi suficiênte,
Agora decepa a minha,
Capenga,
Suficiência.

Tencionando o cérebro,
Arrepiado
Por inteiro, a caixa craniana
Agradece a calma, a paciência,
O quadro branco,
A alma e o
Arrepio.

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