quinta-feira, 18 de novembro de 2010

ato

O pedido foi feito tênue,
subentendido, pouco claro, mas nem por isso
indolor.
A justiça por trás do ato
parece imcompreensívelmente alheia à razão,
por não ser juízo de fato,
apenas desejo desmedido.

Precisamente onde intimidade e
empatia
encontram-se mais suadas em pele de desespero,
o clarão de quem conhece
some. Breu.
E o pedido se reitera, pois teme
culpa cristã, base de formação.
Nem pomba nem lei,
é carne crua, conhecida. Merece respeito.
Se não pelo que se pretende,
ao menos pela ex-pretensão e
expectativa já criada.

O que está amassado
é utopia escrita por quem não pensou.
Só desejo não resolve. E temendo embate,
crê ser descomplicação a fuga. Corpo
perfeito. Feito sabão.

É tesão caçado em terra oca. Viver de
casca não convém.

As palavras criamos para serem ditas. Pois
diga. Se tudo enebriar, pois bem.
Mais certo é esperar o contrário
e saber que dele foge o covarde.
Coração é feito músculo e das tripas,
podridão. Então o susto viria
de cima, onde a própria experiência
criou calos.
Mas é
bem aí
onde reside força.

Reitarado o pedido, dou contraponto:
assim não dá.

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