sexta-feira, 5 de novembro de 2010

MAIS VALE A ETERNIDADE FALSEADA DE UMA FOTO DO QUE A VERDADE SUBJETIVA DO MOMENTO ou DA MICARETA

Do que se pede como real verdadeira arte
massiva, posso pensar em aceitar
Rousseau e declará-la de toda válida,
mas careço aqui de um aparte.

Tens mesmo como ideal festivo
a balbúrdia frenética de mau gosto?
Há de comigo convir -e não por moralismo-
que se trata apenas de um prelúdio ao desespero abortivo.

Como pode sorrir honestamente a tarde,
prevendo do arrependimento toda a infelicidade
e sentindo no movimento caótico o drama possível?

Pretensão desonesta que carrega consigo
como se de fato idolatrasse o veneno lascivo,
mas vai esvaziando o espírito, teu poderoso e real combustível.

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