Ai de você, que adoentou minha vontade,
meus desejos e minha coragem,
me submetendo aos devaneios insistentes
de enfastiante cotidiano.
Ai de você, que atou meus olhos
e encerrou os dias balbuciando
nada mais que desencontros verbais;
maldita seja.
Ai de você, que comeu meus pés
e fez de mim eterno manco.
Ai de você, que pôs garrancho em minhas costas,
suspendendo os possíveis passos,
possíveis vôos,
possíveis quedas.
Ai de você, que nega cada tropeço,
que esconde cada palavra,
que me vira o rosto sem cuidado,
que finge tudo.
Ai de você, que se amaldiçoou
com minha maldição. E terás de aguentar,
pois fiquei atado, doente e manco.
Paciênte.
terça-feira, 30 de novembro de 2010
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário