quinta-feira, 4 de novembro de 2010

QUEM ÉS? ou DO DIA EM QUE DEIXOU DE ACREDITAR QUE O ESPÍRITO É MAIOR QUE A ESTUPIDEZ

Quando não se pode ser julgado, pois a sentença já foi dada muito antes de tudo acontecer, é de se esperar que a resignação domine todos os poros e igualmente a saliva. Mas o medo que acompanha o processo, sistemático, é alheio ao senso comum. Me disse que é pão o que chamo de alimento. Como ousas? Mata-me com isso, pois além de agredir minha mais podre devassidão, me confunde ao não definir opções coerentes. Quem és? Espera que minha carcaça arraste correntes pela grama, mas faz questão que o gramado nunca se estenda além das coleiras de Cérbero. Teu sono nunca será incomodado assim, ao menos que eu grite. E pode ser que eu grite. De desespero, de raiva, de rancor. Por que mudam sempre as fases da lua? Por que não consigo olhar pra ela duas vezes seguidas e enchergar a mesma proporção de vida? Sob o julgo de um kamikaze, me alimento de tuas migalhas sem entender porque. Me dá apenas o que é suficiênte à pulsação, sem nunca deixar você de pulsar. Não reconheço o que fizeram de você. Não reconheço o que deixaste que te fizessem. Se te parece justo e coerente que tenhas mudado, a mim só cabe a lamúria. Das rezas extraio um nada tão atual, tão ácido e saudoso, que temo por me manter de joelhos. Tenho dúvidas sobre minha real força pra aceitar tal peleja. Vale tanto a ração quanto a incerteza? Não sei. Diga-me você, que é quem possui conhecimento de causa. Só não me ponho resoluto frente esta procrastinação. Nem preciso.

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