terça-feira, 26 de abril de 2011

sussurro

Ainda correm no sangue as impressões
firmadas pelas unhas. Sussurros,
como se nunca tivessem
silenciado, ecoam por todo o quarto
e terminam nos ouvidos
que, por pouco, ainda
nem
saíram do
lugar.
Algo de lascivo mantém-se inérte em algumas canções e
em alguns
lençóis. A memória cumpre
seu papel e
torna insuportável o vazio das
marcas.

***

Você, que assumiu uma possível virtude como
erro, crivou um espírito com
tantas farpas e
ressentimentos, agora
retorna
a teu leito e fecha os olhos às verdades tantas
vezes repetidas. Pergunto: com que
coragem?

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