Nunca é demais esperar que não
esqueçam o que, um dia
quem sabe,
você já significou. E por ser essa
pequena e sínica
banalidade, quando
acontece,
o sangue simplesmente para de circular. [não me canso de repetir a história da gangrena... por que diabos acho essa uma ideia tão boa?]
A processualidade típica
do tempo simplesmente foge
à intuição. O movimento
se torna nulo, como
uma pequena
ode
ao estático. A cabeça, com seu ímpeto
mofina, apega-se
à ausência.
Sem hesitar um instante,
o relógio marca, compassadamente,
o crescer desse desespero
patético, enquanto os
olhos não fogem do celular
morto, das
correspondências esquecidas, dos
suspiros doentios que surgem
ao fechá-los.
Cada instante silencioso é o eterno
em sua mais
cruel
expressão. Sigo, momento a
momento, a pequena
luz vermelha dos desgraçados, que
permanece
pendurada na velha parede de musgos, no
quintal da memória, crendo que ela possa, mesmo,
apagar-se algum dia.
***
domingo, 15 de maio de 2011
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