do que se vai

Não me importei quando o dia
começou um bocado
já acabado. Pro bem da
verdade, muita coisa
já não vem
importando
muito.
Algo que, de pequeno
e amuado nas ideias, constituiu-se
reino face o pessimismo:
tornei-me indiferente.
Do mau gosto à ausência,
tornou-se um nada
que arranha
levemente e já
pesa menos no pré-sonho.
Vai se ausentando e perdendo teu
próprio tempo, alterando
cada fio de percepção
em minha rotinazinha falida,
sem que eu movesse uma
única
palha.
Vai perdendo teu espaço, nos
mundos que te interessariam,
por puro desinteresse
em tua própria auto-afirmação.