O corpo, o espírito, as ações: tudo possui seu tempo, suas verdades relativas, seus instantes de glória. Pra cada momento, sua eternidade de referência: uma vida toda feliz; uma vida toda amarga. Existir mostra-se assim, sempre, não ser, mas estar; o resto é ficção. Há tanto para ser acrescido que ser seria a própria Morte: somente ela, a temida, pode ser. Somente a escuridão da alma atinge essa estúpida inércia. Nós, que de bem-aventurança temos a vida, somos o estar por excelência lógica e beleza paradoxal.
Estive
frente ao aço, com a mão no
gatilho.
Agora
vivo o sorriso de um vinho de
quinta feira.
Serei
enfim, decerto, o que nunca
fui.
Estive
frente ao aço, com a mão no
gatilho.
Agora
vivo o sorriso de um vinho de
quinta feira.
Serei
enfim, decerto, o que nunca
fui.
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