I.
Ecos de pontos em
repetição
geométrica no outro
fazem
de meu corpo
adoração ao teu,
templo de missas
tão pagãs
quanto meus sonhos mais
sorridentes.
Pássaros de invernada
poluem,
em desacordo com o
ritmo
do espírito,
a linearidade
descompassada
do contrarregra, mas
são alvo fácil aos
dentes salgados por
padrões límbicos.
Nada no mudo
quando charco dos
desejos.
Não me faço de
vontades
por estar fruto de
amor,
mas existo os poros da
bonita
no coro biunívoco.
II.
Rende-se o medo a teu
desenho
em meus sonhos. Não
por
ser redundante em
covardia: por ser
mesmo pequeno
ante o que me deu; por
não ser
nada ante o
aparelhamento azul
de meu sono.
Cobra criada em fulgor
de
horizonte, anseia pela
oportunidade
de outra dose de
sublime, sejam com
baguetes, sejam com
canecos, sejam só
saudades. Mas que daí
nascem
borboletas, com suas
asas
de melão, roçando
estômagos e
angústias, lavando
raízes
e armando totens.
A adoração é
inevitável pois
carrega requintes de
natureza, sobre quem me
é
e como se me
aparece, em prosas,
espelhos e
manhãs.
Não me faço de amor
por estar fruto de
vontades,
mas existo os poros da
bonita
no coro biunívoco.
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