quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012

das obviedades


O copo é mantido cheio, por
falsa doce distorção
das batalhas consanguíneas que
frutificam em semanas
tão cheias
de lonjura,
que Deus não
perdoa.
Apodrece a garganta e suspende
o ar da vida: mãe e filho
que se perderam de
tanto
encontrarem-se. Quem diabos
pode com almas tão secas e
azedas? Contagem regressiva que
apodera-se do ar e é mantida
suspensa,
em suspense,
como que guardando o amanhã.
Nada difere: seremos os mesmos,
apenas menos capazes de aceitar.
Marchamos pari passu à culpa, por
imaturo espírito em corrida
de eloquência, mas
mal cruzamos
alguma linha
imaginária qualquer, dessalgamos
a saliva de ontem.
Doces, carteado e lascas de
política: somos
ou não
somos
o riso sádico de algum pantaneiro
aleijão?
Feitos a
dor e semelhança
do outro
um.

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