O copo é mantido
cheio, por
falsa doce distorção
das batalhas
consanguíneas que
frutificam em semanas
tão cheias
de lonjura,
que Deus não
perdoa.
Apodrece a garganta e
suspende
o ar da vida: mãe e
filho
que se perderam de
tanto
encontrarem-se. Quem
diabos
pode com almas tão
secas e
azedas? Contagem
regressiva que
apodera-se do ar e é
mantida
suspensa,
em suspense,
como que guardando o
amanhã.
Nada difere: seremos os
mesmos,
apenas menos capazes de
aceitar.
Marchamos pari passu
à culpa, por
imaturo espírito em
corrida
de eloquência, mas
mal cruzamos
alguma linha
imaginária qualquer,
dessalgamos
a saliva de ontem.
Doces, carteado e
lascas de
política: somos
ou não
somos
o riso sádico de algum
pantaneiro
aleijão?
Feitos a
dor e semelhança
do outro
um.
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