Escrevo porque posso
Escrevo porque preciso
E por escrever me liberto
Da agonia criada pela falta
Da agonia do cotidiano íntimo e inquieto
Escrevo pensando em uma alma
Escrevo pensando e abstraindo
A irônica inabilidade de compor
Mas nem por isso me desligo da calma
Mas nem por isso deixo de exprimir o que sinto
Se a tua luz é minha razão
Se a tua voz alinha minha procissão
Deixo escrito em linhas infindáveis
Tua luz é feita de mil reveillons
Tua voz e mistura de clavicordes e acordeons
Findo por me submeter
Ao que sempre considerei abstrato
Mas sei que sou sujeito e escravo
Do intangível e infindavel fato
Nenhum comentário:
Postar um comentário