sexta-feira, 28 de agosto de 2009

Escrevo porque posso

Escrevo porque preciso

E por escrever me liberto

Da agonia criada pela falta

Da agonia do cotidiano íntimo e inquieto


Escrevo pensando em uma alma

Escrevo pensando e abstraindo

A irônica inabilidade de compor

Mas nem por isso me desligo da calma

Mas nem por isso deixo de exprimir o que sinto

Se a tua luz é minha razão

Se a tua voz alinha minha procissão

Deixo escrito em linhas infindáveis

Tua luz é feita de mil reveillons

Tua voz e mistura de clavicordes e acordeons


Findo por me submeter

Ao que sempre considerei abstrato

Mas sei que sou sujeito e escravo

Do intangível e infindavel fato

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