Tormentas a ofuscam,
De esquina em esquina,
Qualquer que seja,
Onde e quando não queira.
Pequenas tormentas que se confundem
Hora com o silêncio ensurdecedor de corujas,
Hora com a gritaria entorpecente de saudoso marulho.
Pequenas tormentas, grandes tormentos.
Pequenas cabeças.
Grandes olhos;
Grandes idéias;
Pequenos planos;
Confundindo-se,
Ofuscando.
Na encruzilhada,
Defronte a quatro horizontes
- Todos pesados -
Carregados de tormentas
E chuvas de sapos indigeríveis,
Cumulativos.
Acocorado e vulnerável;
CUIDADO gravado em todas as faixas
De pedestres e automóveis,
De caixas de banco, amas de leite e amantes;
Cuidado ofuscado, atormentado.
Ela, totalmente ofuscada.
Ele, totalmente atado.
- O que teme, mãe?
Temo a própria existência,
Que é a tua existência,
Que tem medo de existir,
De se confundir,
De se assustar com as sombras após a tormenta.
Com medo do que se ofusca;
Com medo de não tomar cuidado.
Aqui se fez, aqui se paga
Você me disse.
Você me fez, você me paga.
Mãe, mente, cuidado.
Confundimo-nos pois somos o mesmo;
A mesma;
Hospedeiros
Que temem a si.
Que temem os outros.
terça-feira, 8 de junho de 2010
Assinar:
Postar comentários (Atom)
...AQUI SE FEZ,AQUI SE PAGA MESMO!!!!!!
ResponderExcluir'Mãe', aqui, é a mente.
ResponderExcluir