segunda-feira, 23 de agosto de 2010

Inverno . 2010




*
Há uma névoa
redonda, cinza e
suculenta, que insisto em
amar.
Não que seja
apetitosa, mas só assim pra
encarar. Face a face.
Fogos, milhares deles,
explodem. E machucam.
Não tenho
peito pra
encarar. Então eu estouro, por
dentro e por
fora.
E transformo em
cachoeira o que
seria
só meu.

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