quarta-feira, 13 de outubro de 2010

Maçã do rosto [revisitado]



...

Não sou dos que mais vivem na base da saudade - tentando tocar o que já tem seu cheiro, mas não mais me pertence. Mas enganar a quem quando deitar na areia e deixar a pele arder é motivo pra salgar sem mar os olhos? O toque fino de pureza branca que gruda é oposição e complemento de pernas por fazer e mãos que se grudam. De sol no olho não me bastam os acastanhados reflexos; não sem enebriar sentimentos impuros de devassidão ébria; não sem tocar mais ao fundo e machucar e não gostar de estar gostando de não gostar.
Acender e apagar a vela e sentir saudade antes dela chegar, como faz a preguiça com o cansaço dos afazeres. Me dói a calma que sinto.
Sinto calma por ter tudo isso, sem poder jamais dizer que tenho.

Nenhum comentário:

Postar um comentário