domingo, 17 de outubro de 2010

À VIDA

MARINA TSVIETÁIEVA

Não roubarás minha cor
Vermelha, de rio que estua.
Sou recusa: és caçador.
Persegues: eu sou a fuga.
Não dou minha alma cativa!
Colhido em pleno disparo,
Curva o pescoço o cabelo
Árabe — E abre a veia da vida.

[Poema de 1924, tradução de Haroldo de Campos]

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