Inverno, que vem descrente e amargo,
encerra os abraços
do vento e queima os
dedos abandonados. É só
frio e melancolia, que de agradável
tem apenas o sonho
dos miseráveis,
aquecidos por jornais e cachorros.
Os salgados, mastigados sem vontade
pelas esquinas, recebem apelidos
de prostitutas,
por serem a carne e o calor
dos que dão as mãos
apenas aos
bolsos.
Qualquer veneno taquicárdico ajuda.
Não somos mais o mesmo sono.
Perdi de minhas noites o
calor de nosso
inverno.
segunda-feira, 30 de maio de 2011
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