segunda-feira, 5 de dezembro de 2011

sobre ir e vir

Teme a si em função -seria
possível razão?- do
outro.
Escolheu cama nos braços sedosos
de quem já não estará,
entre luas de não saber
nunca, perto
o bastante
de seus pontos.
Efeito encaixante, transvestido
de ausência, tendo o desejo como
altero.
Fome de cheiros que
habitam as sensações de
breve dormir, basta-se
para, febril, retomar
arrepios.
No entanto, por
habitar tão puros os
pudores, tende a fantasiar, entre dentes contentes,
rotinas não circulares de mútua
aceitação.

"Gosto da gente!"

O teto estrelado cintila.
O horizonte, que esconde a si mesmo,
sorri teu sorriso e enternece temores.
Estou você, seguro de mim,
contente por ambos
em um.

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