sábado, 17 de março de 2012

sobre longe e novamente


A voz calada da festa
-daquela ainda que respiramos
as últimas despedidas-
é nossa.

Cala-se o corpo por necessidade
abstêmia do tempo.
Calamo-nos aos outros,
ardendo em sonhos ainda sentidos.
Calaram-se os céticos
e maldosos.

Tira-teima queima o tempo.
Voltamos ao instante como fosse
ainda o mesmo -e de fato sim.
Vivi-te como se a saudade de
ir a esquina não fosse menor.

Perdoamos qualquer dúvida,
pois aceite sobre
azeite 1% é cama
de sacies dos sentidos.
Nunca não nos fomos
-é essa a doce ilustração
de meu espírito.

Estar você -em aqui
e lá; aqui e
lá; aqui e lá- é sorrir.

Tantas vezes venha o mar e o céu,
tantas vezes marearei a vista
em fausta saudade
e rever.

***

Pouco mais que
quase nada e
estou seu também em corpo:
de alma já me fui, em pré-natal
de ano que morreu.

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