sábado, 28 de abril de 2012

nosso

dela

Aturdem os olhos em surpresa
ingrata, investindo contra a
graça, da moça
sem roupa
da foto me dada.
Ora, quem faz da farra
dela, que caça a própria
carcaça de vida e verdade,
um tropeço no outro, de
susto sem
merecer?
Um puto sem alma, que
Deus ou não sei, mas culpa
nenhuma
que do sacana azar.
Fosse-me dado, poder ou
acaso, far-te-ia toda
suprema de si.
Esvai e volta, sorrindo
ou robusta na ruga
da ira, és
minha dama, faz-me
vivo e
futuro no
hoje.

meu

Quantos segundos leva um estômago para se retorcer de tristeza? Nenhum. Não tenho dúvidas: nenhum. Certos poemas, de escárnio querer, de vida e sofrer, atingem com fúria e desprezo, em instante tão luz de quase não ser. Honesta no outro, de resposta aviada, não exita o jazigo tão junto e idiota. Queixado de si, inútil em servir, sofre a infâmia dela e cerra peito junto. Ego achatado, por lembrar-me não tudo, duela a alma com atenção pra ser dada. O espírito grita pelos dois, mas o tapadinho padece e a vista entumece em diálogo aleijão. Ama. Ama de se olhar de fora e sentir calor. Mas dói no peito o sabor da distância incolor. Vida, tão querida, aproxima-se.

Por hora, chora por fora e sorri o querer. Sorri sempre, pois com ela aprendeu.

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