domingo, 29 de abril de 2012

do súbito


E então vem o sono. Uma vontade súbita, intensa, percorrendo cada poro, de abater o dia em cama solitária qualquer. Vontade enraizada de ser acolhido e ficar sozinho, deleitando-me do prazer narciso de ser cuidado e não cuidar. Ânsia por receber. Ausência criada atemporal, fortalece o amargo da alma, que contradiz-se na própria verdade criada no hiato espacial.

Durmo. Penso em como amolece a alma a cada desencontro da palavra; em como escorre forte olho adentro a certeza da saudade.

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