sábado, 27 de agosto de 2011

Frühling

Sem pressa, chega encerrando
dias frios e noites
eternas, carregada de tantas cores
que, vez por outra, pode
mesmo
me embolar a vista e cruzar
os pés no fino passo, após tão
monocromática
estação.
Passa altiva, cresce no imaginário
de tantos e tolos Bastiões
e veste-se de tantos e longos vestidos
e cobre-se de tantos e doces desejos...
É sublime!
Cativa almas
cheias de correntes, apenas e
tão somente, por ser
libertação; e nisso se basta,
pois é dela só o que se espera:
horizontes e despretensão, estradas e
oliveiras.
Traz consigo o prelúdio
de nova era, pois
assim se anunciam os dias
quentes que
lhe seguirão: “somos a virada
e a esperança!” e assim,
prostrados em rigidez gregoriana e homologados por
precisão
astronômica,
levam embora o pequeno sonho primaveril.
E ela vai, sem dor, pois voltará -mesmo que com
outros olhos e perfumes- e sempre
será bela, com seu canto
alegre e respeitado.

Não é fim pois
nunca foi
começo; é caminho, e
isso é o seu
melhor.

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