sexta-feira, 4 de novembro de 2011

sobre o que me é


A pequena garota perdida que
vejo em teus
sóbrios olhos de ritalina e
lábios de primavera ensolarada, é
o desjuízo que me perdi
ao encontrar teus pés sob cobertas carnes
de madrugada fria.
Sob qualquer querer bidirecional
que aponte esse despropósito,
ambos tem como tento central
teu centro espírita, que tanto
comove meu
ceticismo caiçara de cara
de pau.
Faças me todo teu pois assim
bem o quero que queiras.
Brindarei com asas de anjos e
cruzados de esquerda cada beijo
largado a meu juízo -desses que
não fazem sorrir qual os dentes duma zebra,
mas que escancaram perplexidade
da vista quando desta o alcance
da outra pupila.

Ando todo acertos por desavexo do desejo,
mas certo da curva de rio
que as semanas me guardam, tento
ler em teus poros o destino
de meus dedos.

Este é um ode as novas sensações,
às camas de domingo,
às panelas de barro,
às panquecas no forno,
aos sorvetes de creme,
aos safanões,
a teu sublime existir,
bonita.
Este é um pequenino ode sonhado sorrindo.

Um comentário: