As portas, há tanto escancaradas,
esperaram por quem às passasse.
De dia que vira noite e
beijos são roubados,
vocifera como arguto o coração,
mas é no inesperado que
a verdade ganha
seus momentos de gratidão.
Feliz daquele que tem
quem o
transpasse, pois assim terá
o espírito levado além(mar).
Das marcas de unha nos muros
aos altos sussurros e roucos
calafrios, resta o arrepio,
todo novo,
que revive história recente em
curtas safadezas da memória:
cria-se assim o próprio barco
que balança rumo a si mesmo,
pois é este o nome que Deus
lhe deu. Cada tábua,
cada prego, cada rum e
cada um: todos refeitos no descobrimento alheio.
Há esta imagem, com seus requintes
de perfeição -pois de cada ponto se basta;
há meu desejo, que todo são pontos.
sexta-feira, 30 de dezembro de 2011
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